“… sejam conhecidas vossas petições pelas orações, pelas súplicas e pelas ações de graça…”.
Nos dias de hoje ler este texto de Paulo, dirigido aos cristãos de Filipos, motiva nosso coração a confiar os planos à ação perfeita da vontade de Deus, nosso Pai. Os momentos de oração são de rica liturgia diante de Deus. Não se deve tratar de um amontoado de frases, bem ou mal construídas. Trata-se, antes, de expressão de vida, diálogo entre pessoas comprometidas com coisas excelentes, de busca por compreensão entre o que se deseja e se quer com aquilo que ajuda a construir um mundo melhor. A oração verdadeira é cristocêntrica.
Se Deus é sabedor de todas as coisas, a oração deve ser um diálogo sério do que Deus pensa e quer sobre o assunto da petição. Quando ouvimos o que Deus pensa e quer, então clamamos e pedimos, sabendo que receberemos a bênção no tempo e lugar certos. Um exemplo: O IBB, com homens e mulheres dedicados ao ensino e preparo de obreiros para a Seara do Mestre, diante de novos desafios, sentiu o direcionamento para ampliar o ministério. Surgiu, assim, a Associação Ibebense.
Qual é a linha que pode traçar aquilo que é da vontade de Deus, útil para auxiliar na construção de vidas e um mundo melhor? Parece difícil a resposta, mas está bem clara… É a paz de Deus, conforme Filipenses 4.7. Quando lutamos em oração diante do trono da graça de Deus e sentimos paz, então se desenvolve a harmonia necessária entre ambos, ou seja, entre Deus e o cristão. Para tanto, é necessário que a paz de Deus seja sentida na totalidade do ser, e invada seu mais escondido íntimo.
“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento,
guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus”.
As palavras de Paulo mostram essa invasão santa pelo uso das palavras “coração e mente”, ou seja, a área de expressão do sentimento e a área de expressão da razão. Isso mostra que o cristão sabe o que pensa, fala e sente a emoção que seus pensamentos e palavras produzem, bem no seu íntimo. Sem esse “mover por inteiro” a oração será formada por palavras que podem, ou não, ser ouvidas pelo Senhor.
“Finalmente, irmãos…” Filipenses 4.8, 9
Paulo dá início às palavras finais da epístola e quer aproveitar o pequeno espaço para registrar os últimos ensinos dentro do corpo de suas admoestações. Agora, o desejo do servo do Senhor é que toda a mentalidade seja tomada pelas coisas mais excelentes, e os leve a uma atitude de pureza diante de Deus e dos homens. Paulo sabe que grande parte do sucesso do evangelho no mundo depende da mentalidade dos discípulos de Jesus, por isso menciona e registra uma lista de coisas boas que deveriam encher a mente dos cristãos. Tudo o que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável e de boa fama, referem-se à plenitude de ser e de colocar em prática todas essas coisas. Cada atitude praticada demonstra um estilo de vida pleno, no sentido de revelar a vontade de Deus diante de um mundo corrompido, cheio de maus costumes.
Nossas atitudes, vividas dentro da plenitude dessas virtudes, servirá de grande valia para influenciar pessoas que não conhecem a Cristo, sobre os valores da fé cristã. Pode-se dizer que esse modo de vida, expressando essa mentalidade, tem o poder de transformar muitas coisas que jazem na área da corrupção.
A nossa oração…
Que nossa vida, mesmo diante de dificuldades e opressões, irradie a plenitude do caráter cristão e, através dela, vidas sejam transformadas pelo Evangelho de Cristo, nosso Redentor. Que Deus guie os passos de cada pessoa envolvida no ministério da Associação Ibebense, associados, mantenedores e intercessores, agraciando-os com esta paz, que só Cristo é oferece. Deus os abençoe.
Texto extraído do estudo sobre Filipenses,
por Jair Alvares Pintor
(1941 – 2014)
Pastor e Professor